Esopo teria sido um escravo mas, dizem que suas fábulas encantaram tanto o seu dono que este o libertou. Ele nunca escreveu suas historias, mas contava-as para o povo, que por sua vez se encarregou de repeti-las. Mais de duzentos anos depois da morte de Esopo é que as fábulas foram recolhidas pela primeira vez por Demétrio e antes do advento da impressão, as fábulas de Esopo eram ilustradas em louça, em manuscritos e até em tecidos.
A lebre e a tartaruga é uma fábula atribuída a Esopo e recontada por Jean de La Fontaine.
A TARTARUGA E A LEBRE
Certo dia, a lebre desafiou a tartaruga
para uma corrida,
argumentando que era mais rápida
e que a tartaruga nunca a venceria.
“Apostemos, disse à lebre
A tartaruga matreira,
Que eu chego primeiro ao alvo
Do que tu que és tão ligeira!”
A tartaruga começou a treinar
enquanto era observada pela lebre,
que se ria dos esforços da tartaruga.
Estando as duas a par,
A tartaruga começou a treinar
enquanto era observada pela lebre,
que se ria dos esforços da tartaruga.
Estando as duas a par,
A tartaruga começa
Lentamente a caminhar.
A lebre, tendo vergonha
De correr diante dela,
Tratando uma tal vitória
De treta ou de bagatela,
Deita-se e dorme um pouco;
Ergue-se e põe-se a observar
De que parte corre o vento,
E depois entra a pastar;
Eis que deita uma vista de olhos
Sobre a companheira sorna,
Ainda a vê longe da meta
E a pastar de novo torna.
Olha, e depois que a vê perto,
Começa a sua carreira;
Mas então apressa os passos
A tartaruga matreira.
À meta chega primeiro,
À meta chega primeiro,
Apanha o prêmio apressada,
Pregando à lebre vencida
Uma grande gargalhada.
Não basta só haver posses
Para obter o que intentamos;
É preciso pôr-lhe os meios,
Quando não, atrás ficamos.
O empreendedor não desprezes
Por fraco, se te investir;
Porque um anão acordado
Mata um gigante a dormir.
moral: Nada vale correr; cumpre partir em tempo, e não se divertir pelo caminho.
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